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Crise Internacional: Rússia Declara EUA Inimigos

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Rússia Declara EUA Inimigos! Por que a afirmação de que ‘EUA são inimigos’ de Medvedev, as sanções às petrolíferas e os exercícios nucleares elevam o risco de confronto

Rússia Declara EUA Inimigos. O anúncio feito em 23/10/2025 pelo vice‑presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, reacendeu temores de uma escalada diplomática e militar entre Moscou e Washington. Em entrevista, Medvedev afirmou que “os Estados Unidos são inimigos da Rússia” e que o governo americano de Donald Trump “entrou de vez no caminho da guerra” contra o país. A declaração chega em um momento de medidas econômicas e militares que aumentam a tensão, entre elas sanções direcionadas às maiores petrolíferas russas e um exercício militar com mísseis de capacidade nuclear.

O que disse Medvedev

As palavras do aliado de Vladimir Putin foram duras e contaram com citações explícitas ao episódio recente da diplomacia entre os dois países. Medvedev perguntou retoricamente, citando possíveis novas armações, “Haverá novas armas, além dos infames [mísseis] ‘Tomahawks’?” e declarou, na íntegra, “Os EUA são nosso inimigo, e o seu falastrão ‘pacificador’ [Trump] agora entrou de vez no caminho da guerra contra a Rússia. (…) As decisões tomadas são um ato de guerra contra a Rússia. E agora Trump se solidarizou completamente com a insana Europa”.

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Ao usar expressões como “ato de guerra” e ao conectar a retórica norte‑americana à oposição europeia, Medvedev procurou marcar uma linha política firme. No histórico recente, ele já havia afirmado que cada novo ultimato de Trump era “mais um passo em direção à guerra”. Agora, ao qualificar publicamente os EUA de inimigos, a liderança russa intensifica a retórica que justifica respostas militares e econômicas.

Sanções e impacto econômico

Na quarta‑feira anterior ao pronunciamento, o Tesouro dos EUA aplicou sanções contra as petrolíferas russas Lukoil e Rosneft, bloqueando bens e proibindo transações das empresas e de suas subsidiárias. O comunicado do governo americano afirma que “todos os bens e interesses em bens” relacionados às duas empresas e que estejam nos EUA ou sob posse ou controle de pessoas em território norte‑americano “estão bloqueados e devem ser comunicados à OFAC [Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA]”.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, justificou a medida com a seguinte frase: “Diante da recusa do presidente Putin em encerrar essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas de petróleo da Rússia, que financiam a máquina de guerra do Kremlin”. A ação visa atacar fontes de financiamento importantes do Estado russo, e é a primeira rodada de sanções relacionada ao conflito ucraniano no segundo mandato de Trump.

Além dos EUA, a União Europeia aprovou o 19º pacote de sanções que incluiu a proibição da importação de gás natural liquefeito russo, e o Reino Unido também já havia sancionado Lukoil e Rosneft. Para Moscou, o efeito prático é duplo: pressão econômica imediata e um argumento para retaliações políticas e militares.

Risco de escalada e próximos passos

Paralelamente às sanções veio um exercício militar russo com lançamento de mísseis balísticos de capacidade nuclear, a partir de bases terrestres, submarinos e aeronaves, segundo informou o governo russo. Ao mencionar armas com alcance para atingir os EUA, Moscou envia uma mensagem estratégica clara, elevando a possibilidade de mal‑entendidos perigosos entre potências nucleares.

A tentativa de reunião entre Trump e Putin, planejada para Budapeste, também foi suspensa. A Casa Branca informou que Trump não tem planos de se reunir com Putin “no futuro imediato”, enquanto o Kremlin diz que os preparativos continuam. A divergência reflete dificuldades de alinhamento sobre termos de paz, como a exigência russa de controle total da região de Donbas, que contrasta com a proposta americana de basear negociações nas linhas de frente atuais.

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Num cenário em que as palavras — como a afirmação de que “EUA são inimigos” — são acompanhadas por sanções econômicas e demonstrações militares, analistas alertam para o risco de escalada involuntária. A dinâmica atual coloca em evidência a fragilidade das vias diplomáticas e a necessidade de gestos claros para reduzir tensões antes que medidas econômicas e exercícios militares se transformem em confrontos mais diretos.

Nos próximos dias, o foco estará em possíveis respostas russas às novas sanções, reações de aliados europeus às medidas de Washington, e qualquer iniciativa diplomática que consiga criar canais de diálogo. Enquanto isso, as declarações de autoridades como Medvedev mostram que, no terreno da percepção pública e da política, a narrativa de confronto entre as duas potências já foi assumida, com implicações diretas para a segurança global. Veja mais, Notícias do Mundo

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